Chamo uma senha e tenho um (daqueles que considero) dos maiores senhores da música portuguesa no meu balcão. O atendimento decorre normalmente com o maior à vontade deste mundo, com demasiada confiança de parte.a.parte até… diria eu!!!
A determinada altura, a pupila (dos meus olhos) a quem estava a dar formação e carinhosamente apelidada pelo sr. de “formiga”, pergunta.lhe: “Tem consigo um documento de identificação?”. E perante o ar meio estupefacto do sr., acrescenta com o maior descaramento, meio em tom de brincadeira: “Bilhete de identidade, carta de condução… cartão da escola!”. O dito sr. abre a carteira e tira um cartão da escola de italiano com uma matrícula de 2003 e uma foto de finais dos anos 90 quando ainda era um homem vistoso. Olhámos uma para a outra e suspirámos.
Aproveitando o momento (ainda mais) descontraído, digo.lhe: “Sabe? Ainda hoje falámos de si!”. E ele pergunta: “Ai foi?”. Ao que respondo: “Sim… na hora de almoço virei.me para a minha colega e disse.lhe: Dá.me lume!”.
Riu.se e cantou o à capela o refrão dessa música (que tantas vezes oiço no conforto do lar) em plena loja, no meio de um qualquer centro comercial.
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